sexta-feira, 22 de junho de 2007


ESTADO NOVO

Getúlio Dornelles Vargas foi presidente que mais tempo governou o Brasil, durante dois mandatos. Vargas foi presidente do Brasil entre os anos de 1930 a 1945 e de 1951 a 1954. Entre 1937 a 1945 instalou a fase de ditadura, o chamado Estado Novo.
Em 10 de novembro de 1937, as varias correntes políticas iniciavam a movimentação para as eleições á presidência. São lançados candidatos: Armando Sales(oligarquias paulistas), José Américo de Almeida(paraibano, apoiado pelos "getulistas") e Plínio Salgado(forças de ultradireita). No entanto ninguém contava com o apoio concreto de Vargas, e por um motivo simples: ele não queria sair da presidência. Um golpe militar instaurou o Estado Novo.
Foi denunciado pelo governo a existência de um plano comunista para a tomada do poder. Este plano ficou conhecido como Plano Cohen. Foi elaborado pelo capitão Olímpio Mourão Filho, como um exercito de um plano comunista da Ação Integralista Brasileira, e foi apreendido pelo governo, que o usou como se fosse verdadeiro, encontrando aí uma ótima desculpa para a tomada preventiva do poder por Getúlio.
Com a comoção popular causada pelo Plano Cohen, com a instabilidade política gerada pela intentona comunista, com o receio de novas revoluções comunistas, e os seguidos estados de sítio, foi sem resistência que Getúlio Vargas deu um golpe e instaurou uma ditadura, através de um pronunciamento transmitido por rádio todo país.
O último grande obstáculo que Getúlio enfrentou para dar o golpe de estado foi o bem armado e imprevisível interventor no Rio Grande do Sul, Flores Cunha, mas este não resistiu ao cerco de Getúlio e se refugiou no Uruguai, antes do dia 10 de novembro.

OS DIREITOS TRABALHISTAS

Com o Estado Novo novas leis disciplinaram o movimento sindical e regulamentaram as condições de trabalho no país.
Os sindicatos passaram a ser controlados pelo governo, foi criado a Justiça do Trabalho, o Imposto – que vigora até hoje. Com a Consolidação das Leis do Trabalho(CLT) concedida em 1943, os trabalhadores passaram a Ter uma jornada diária de trabalho de 8 horas, foi proibido o trabalho para menores de 14 anos, homens e mulheres passaram a Ter descanso nos domingos e feriados, a férias, a aposentadoria, a carteira profissional e o salário mínimo.
O CONTROLE DA INFORMAÇÃO E DA DIFUSÃO DA “BOA IMAGEM” DO GOVERNANTE COMO UM VERDADEIRO CULTO A PERSONALIDADE
Em 1939, durante o Estado Novo, Vargas criou o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), inicialmente sob a direção jornalística de Lourival Fontes.
As funções do Departamento eram de “centralizar, coordenar, orientar e superintender a propaganda nacional, interna ou externa; fazer a censura do Teatro, do Cinema, de funções recreativas e esportivas, da radiodifusão, da literatura e da imprensa; promover organizar, patrocinar ou auxiliar manifestações cívicas ou exposições demonstrativas das atividades do Governo”.
Entre as ações do DIP, pode-se mencionar o confisco temporário do jornal O Estado de S. Paulo, com a prisão e o exílio de dois de seus diretores; a difusão da “boa imagem” do governante como um verdadeiro culto à personalidade, através de fotos, passeatas, concentrações ou outros eventos; por fim a criação da Hora do Brasil, programa radiofônico de emissão obrigatória por todas as estações de rádio do País.
A RELAÇÃO COM INTEGRALISTAS E COMUNISTAS

Características do integralismo – O integralismo surgiu no bojo dos acontecimentos europeus e era tributário do fascismo italiano. Doutrinariamente, o integralismo preconizava o governo ditatorial ultranacionalista, com base na hegemonia de um único partido, a Ação Integralista Brasileira (AIB), obediente a um único chefe.
Os fundamentos doutrinais da AIB encontravam-se no Manifesto à Nação Brasileira (1932), de autoria de Plínio Salgado, ex-integrante do PRP Nele, o autor fazia a defesa da "Pá tria, Deus, Família", isto é, do "chauvinismo", da "civilização cristã" e do "patriarcalismo". A AIB encontrava apoio na oligarquia tradicional, na alta hierarquia militar, no alto clero, em suma, nos setores mais conservadores da sociedade.
Tal como o seu modelo europeu, a AIB utilizava-se do ódio aos comunistas para elevar a tensão emocional de seus partidários. O "perigo vermelho" era visto por toda a parte, o que mantinha a permanente vigilância e o fervor partidário.
Entre 1932 e 1935, quando os efeitos da crise de 1929 se faziam sentir com intensidade e as agitações esquerdistas começavam a tomar corpo, os integralistas formaram, como na Itália, grupos paramilitares que agiam com violência para dissolver as manifestações esquerdistas.
A Ação Integralista Brasileira (AIB) foi habilmente usada por Vargas na repressão aos comunistas, desde a Intentona de 1935, e chegou mesmo a participar da trama que levou ao golpe de 1937; na antevéspera do golpe, Plínio Salgado retirou sua candidatura à Presidência, numa demonstração clara de que esperava um espaço no novo governo de Vargas. Contudo, um dos primeiros atos do ditador foi a extinção dos partidos políticos e a proibição de uniformes, estandartes, distintivos ou outros símbolos que não fossem os símbolos nacionais. O ato inviabilizava definitivamente o movimento dos camisas-verdes, agora posto fora da lei. Por essa razão, em maio de 1938, os integralistas desfecharam um golpe visando à tomada do poder e, embora tenham fracassado em sua quase totalidade, conseguiram atacar e cercar o Palácio do Governo por várias horas: foi o “Putsch” Integralista, liderado entre outros por Severo Fournier e Belmiro Valverde. Diante da inesperada resistência oferecida pelo Palácio e do cerco das forças do governo, os golpistas fugiram ou foram presos, sendo parte deles fuzilada no próprio local.
A frente antifascista – A ascensão dos totalitarismos de direita, quase por toda parte, motivou a formação de frentes antifascistas, com predomínio dos partidos comunistas em todos os países. Aliás, a Terceira Internacional (Komintern) - reunião dos partidos comunistas de todo o mundo - havia preconizado essa tática na luta antifascista: aglutinar todos aqueles que, por uma razão ou outra, eram contrários ao fascismo. O Partido Comunista do Brasil, fundado no início dos anos 20, adotou essa linha. A formação da frente antiintegralista resultou na Aliança Nacional Libertadora. Luís Carlos Prestes, que rompera com o tenentismo para converter-se ao marxismo, foi eleito presidente de honra da ANL, passando, assim, rapidamente à cúpula dirigente do PCB.

Um comentário:

Fátima Wronka disse...

Meninas que bom vocês terem iniciado este trabalho, pois acredito que irão construir um belo blog para estudo. Espero ver mais interpretação do que trechos que apenas copiaram. O que vale aqui é a criação. Podem contar com meu apoio certo.